Régis Furquim Scaggiante

Maniesto FACT: associativismo Cannabico livre da Industria Farmaceutica

Manifesto: Associativismo Cannabico livre da Indústria Farmacêutica!

Em defesa da luta associativista, que representa mais de 200 mil pacientes em todo o território nacional, a Fact Brasil se coloca contra a inserção da indústria farmacêutica nos moldes das associações de cannabis terapêutica. A ocupação por empresas de espaços destinados à sociedade civil organizada tem um claro objetivo: buscar fragilizar a atuação de associações canábicas espalhadas pelo território nacional.  Desde que a cannabis ganhou força como alternativa de tratamento para milhares de pessoas, centenas de associações surgiram com bravura e muita coragem para dar amparo aos pacientes que não conseguiam acessar seus tratamentos através da importação ou da compra dos produtos de cannabis nas farmácias, devido ao alto custo. Nesse cenário, pessoas engajadas e dotadas de conhecimento sobre a planta, desde o cultivo até a extração e manipulação dos produtos, passaram a se juntar através de coletivos e associações para ajudar esses pacientes a terem acesso a um tratamento efetivo, seguro e humanizado.  Todo esse movimento foi criado na contramão do sistema, desafiando as regras e as leis, por isso muitos líderes associativistas são alvo de perseguição política e criminal. Isso ocorre devido a falta de uma regulamentação do setor, o que aumenta a vulnerabilidade jurídica à qual as associações estão submetidas. As associações cumprem na prática o papel do Estado: oferecem saúde, qualidade de vida e fortalecem a ciência, através das pesquisas em parcerias com universidades e outras instituições do ramo.  Com o objetivo de fortalecer os laços de solidariedade do grupo, defendem e protegem os interesses de todos os associados e promovem o desenvolvimento da região ou da comunidade do entorno. O que mais diferencia o modelo associativo para o da indústria farmacêutica, é a ausência do lucro. Por isso, a composição de associações por empresas farmacêuticas milionárias coloca em risco toda a classe associativista. Avaliamos a inserção da indústria farmacêutica no modelo associativo como uma armadilha para inibir o crescimento de um setor que, ao longo dos últimos dez anos, garantiu qualidade de vida a milhares de pacientes, que sem o trabalho permanente diário das associações, estariam fadados ao desamparo e à dor. Viva as associações de cannabis de todo o Brasil! Cannabis salva vidas. Pelo direito ao livre cultivo em todo território nacional, somos a favor da liberdade e da vida!

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Diferenças entre cânhamo industrial e cannabis de uso medicinal ou recreativo.

A produção de cânhamo industrial nos Estados Unidos envolve práticas específicas de manejo que diferem significativamente das aplicadas ao cultivo de cannabis para fins medicinais ou recreativos. Essas diferenças abrangem desde a seleção de cultivares até o manejo de plantas macho e fêmea, visando otimizar a qualidade das fibras têxteis. Seleção de Cultivares: O cânhamo industrial é cultivado a partir de variedades de Cannabis sativa L. com baixo teor de THC (menos de 0,3%), focando na produção de fibras e sementes. Em contraste, a cannabis medicinal ou recreativa utiliza cultivares com alto teor de THC e CBD, direcionadas à produção de flores ricas em canabinoides. Plantas de Cannabis do tipo fibra (Cânhamo) produzem pouco THC e pouco CBD, pois foca na produção de fibras e sementes. Manejo (densidade de Plantio): Para a produção de fibras, o cânhamo é plantado em alta densidade, promovendo caules longos e retos, ideais para fibras de qualidade. Já o cultivo para fins medicinais requer espaçamento maior entre as plantas, permitindo o desenvolvimento de copas mais volumosas e maior produção de flores. Manejo de Plantas Macho e Fêmea: No cultivo de cânhamo industrial, tanto plantas macho quanto fêmea são mantidas no campo, pois a polinização é desejável para a produção de sementes e não afeta negativamente a qualidade das fibras, isso faz com que os teores de canabinoides caiam drasticamente nas plantas polinizadas. Por outro lado, na produção de cannabis medicinal, a presença de plantas macho é evitada para impedir a polinização das fêmeas, o que comprometeria a qualidade e a potência das flores. Preferência por Plantas Macho na Produção de Fibras: Estudos indicam que as plantas macho de cânhamo produzem fibras mais finas e de maior qualidade, adequadas para aplicações têxteis. As fibras das plantas fêmeas tendem a ser mais grossas e menos uniformes, sendo menos desejáveis para tecidos finos. Portanto, na produção de fibras têxteis de alta qualidade nos EUA, há uma preferência pelo cultivo de plantas macho ou pela seleção de cultivares que favoreçam características associadas às plantas macho. Referências Científicas: Salentijn, E. M. J., Petit, J., & Trindade, L. M. (2019). The Complex Interactions Between Flowering Behavior and Fiber Quality in Hemp. Frontiers in Plant Science, 10, 614. doi:10.3389/fpls.2019.00614 Amaducci, S., Scordia, D., Liu, F. H., Zhang, Q., Guo, H., Testa, G., & Cosentino, S. L. (2015). Key cultivation techniques for hemp in Europe and China. Industrial Crops and Products, 68, 2-16. doi:10.1016/j.indcrop.2014.06.041 Texto escrito por: Dr. João Maurício Pacheco

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Manifesto Antiproibicionista FACT 2023

Manifesto antiproibicionista lançado pela FACT na Expocannabis 2023

Criada em abril de 2021, a FACT (Federação das Associações de Cannabis Terapêutica), surgiu da união de diversas associações que buscam uma mudança em diferentes níveis da sociedade para um acesso democrático e seguro às Terapias da Cannabis e a Manutenção da Vida e da Saúde. A formação desses coletivos, sem fins lucrativos, constitui um capítulo significativo na história da Cannabis no Brasil e no mundo. Estão presentes em todas as regiões do país e juntas são responsáveis pelo tratamento de cerca de 80 mil pacientes Apesar de todas as associações federadas serem regulamentadas nos princípios do terceiro setor, a maioria não tem amparo legal para garantir o acesso a seus pacientes. O cultivo para fins medicinais ainda é visto como crime em todos os níveis: no quintal dos pacientes, nas pequenas produções associativas e nos níveis industriais. Além das perseguição criminal, ainda existe a perseguição política a pacientes e lideranças deste movimento. Por isso, a FACT promove o diálogo com os poderes legislativo, executivo e judiciário e tem por desafio a construção de leis e de políticas públicas . Apoia movimentos que buscam por justiça e reparação histórica, atuando na educação democrática e cultural da maconha. Sim, cannabis é maconha e a FACT ecoa na luta antiproibicionista para defender o direito das associações tratarem seus pacientes com segurança, qualidade e liberdade.

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