Associações de cannabis formam a FACT

Associações de cannabis formam a FACT – Federação das Associações de Cannabis Terapêutica

A proposta é fortalecer a luta pela regulamentação da cannabis no Brasil através do associativismo

As associações de cannabis no Brasil representam um segmento da indústria que vem ganhando cada vez mais espaço e representatividade social e política.

Para fortalecer esse movimento, mais de 40 associações distribuídas por todas as regiões do país se juntaram para formar a Federação de Associações de Cannabis Terapêutica, a FACT.

Um coletivo coeso e alinhado na mobilização pela regulamentação justa e inclusiva da cannabis para fins terapêuticos. Ao total são mais de 40 mil pacientes acolhidos por essa Federação.

O movimento associativo tem na linha de frente famílias com pessoas que encontraram na maconha o alívio para o sofrimento dos pacientes e de todos que os cercam.

O tratamento com cannabis apesar de ser uma realidade terapêutica cientificamente comprovada e aplicada em diversos países pelo mundo, no Brasil, ainda não é acessível a todos que precisam, devido ao alto custo, tanto das consultas como dos produtos derivados da planta.

Hoje em dia, são as associações que fazem o papel que o espaço que o Estado está se negando a assumir, pois conseguem chegar a pessoas que jamais conseguiriam pagar pelo tratamento, inclusive de forma gratuita.

Desde 2006 existe uma Lei de Drogas que, mesmo com questionamentos sobre seu texto, prevê a regulação do uso terapêutico, medicinal e de pesquisa da cannabis, mas que nunca houve de fato.

São anos de negligência em que o governo não conseguiu regular o uso da cannabis enquanto medicina, que é permitido, mas que encontra muitas barreiras para ser acessível à população como um todo.

Por isso, ter uma federação que represente esses coletivos de pacientes é um passo importante para que essa medicina, tenha acesso democrático e economicamente viável.

Associações de cannabis e a Anvisa

Quando se trata do cultivo a própria Anvisa se declara incompetente para fazer tanto a regulamentação quanto sua inspeção, o que torna essa questão uma das principais barreiras enfrentadas pelas associações.

São milhares de pacientes que dependem dos óleos que são produzidos pelas associações, ainda que na desobediência civil. Essa situação torna vulnerável o modelo associativo e como consequência, o tratamento de seus pacientes.

Ainda que exista uma lista de produtos de cannabis autorizados pela Anvisa para ser vendido nas farmácias e também uma regulamentação para importação, o alto custo desses medicamentos torna o tratamento inviável para muita gente.

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